O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou neste sábado, 20, que voltará a se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
O encontro de Zelensky e Trump ocorre em meio a uma nova escalada de ataques russos contra cidades ucranianas e tem como foco discutir garantias de segurança que poderiam sustentar um eventual acordo de paz.
+ ‘A guerra é desumana, mas vamos superá-la’, diz ex-embaixador da Ucrânia no Brasil
“Gostaria de receber os sinais, de saber quão perto estamos de entender que as garantias de segurança de todos os parceiros são aquelas de que precisamos”, declarou Zelensky a jornalistas em Kiev, segundo a Bloomberg News.

O presidente ressaltou que a Ucrânia já estruturou uma proposta com respaldo europeu e aguarda o posicionamento dos EUA: “Preparamos a base para garantias de segurança que a Europa está pronta para adotar, levando em conta que os Estados Unidos também estarão nesse processo”.
+ A guerra de conquista: as negociações de Trump para finalizar o conflito entre Rússia e Ucrânia
O encontro com Trump está previsto para depois de suas participações na ONU: o líder americano discursará na próxima terça-feira, 22, enquanto Zelensky falará no dia seguinte. Além disso, está programada uma reunião paralela entre as primeiras-damas dos dois países.


O anúncio acontece em meio a novos bombardeios: de acordo com o governo ucraniano, mais de 500 drones e 40 mísseis foram disparados pela Rússia nos últimos dias, deixando pelo menos três mortos. O Kremlin tem afirmado que a presença de militares ocidentais na região seria considerada uma ameaça direta a Moscou.
Posicionamento de Trump sobre a guerra


Trump tem alternado declarações sobre a guerra: promete “sanções severas” contra Moscou se contar com o apoio integral da Otan, mas já sinalizou disposição em cortar o envio de armas a Kyiv. Desde que voltou à Casa Branca, o republicano disse que poderia encerrar o conflito “em 24 horas”.
Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin segue rejeitando uma cúpula bilateral com Zelensky, mas já chegou a convidar o líder ucraniano a ir a Moscou — proposta ignorada por Kyiv.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste