O Advogado-Geral da União, ministro Jorge Messias, afirmou, nesta segunda-feira, 22, que as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras são “injustas”. Segundo ele, as medidas agravam um conjunto de ações “incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas” entre os dois países.
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Messias declarou receber “sem receios” as medidas impostas contra ele, incluindo o cancelamento de seu visto norte-americano. “Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida”, publicou em suas redes sociais.
As mais recentes medidas aplicadas pelo governo dos EUA contra autoridades brasileiras e familiares, agravam um desarrazoado conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de…
— Jorge Messias (@jorgemessiasagu) September 22, 2025
“Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, concluiu o ministro.
EUA revogam visto de Jorge Messias
A revogação do visto do ministro ocorre em meio a acusações do governo de Donald Trump contra o Judiciário brasileiro, em especial o Supremo Tribunal Federal, depois da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado.
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Outros alvos das sanções incluem o ex-procurador-geral da República José Levi; o ex-ministro do Tribunal Eleitoral Benedito Gonçalves; o juiz auxiliar e assessor do STF Airton Vieira; o ex-assessor do Tribunal Eleitoral Marco Antonio Martin Vargas; e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial de alto escalão. Vários deles são ou foram aliados do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.