Search
Close this search box.

Lula mistura fé e populismo para recuperar apoio

Em editorial publicado nesta segunda-feira, 02, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorre a linguagem religiosa e promessas populistas para transformar obras públicas em palanque e disfarçar a fragilidade de sua gestão.

Durante visita ao Sertão da Paraíba, Lula voltou a explorar o palanque como seu principal instrumento de governo. Ao inaugurar um trecho da transposição do Rio São Francisco em Cachoeira dos Índios, o presidente atribuiu a si mesmo uma missão divina.

“Deus deixou o Sertão sem água porque Ele sabia que eu ia ser Presidente da República e que eu ia trazer água para cá”, disse o petista.

+ Leia mais notícias de Imprensa em Oeste

Na ocasião, Lula ainda disse que a obra aguardava há 179 anos e que só foi possível graças ao seu retorno à Presidência. O tom messiânico do discurso chamou atenção até mesmo entre seus apoiadores mais fiéis.

Antes de desembarcar na Paraíba, o petista passou por Salgueiro, em Pernambuco, onde assinou ordem de serviço para ampliar o bombeamento de água no eixo norte da transposição.

No mesmo evento, lançou promessas em sequência: crédito para moradia, gás de cozinha mais barato, financiamento de motocicletas e viagens pelo país para anunciar programas sociais.

YouTube video

As falas revelam a estratégia do presidente para tentar estancar sua queda de popularidade, especialmente entre eleitores do Nordeste e da população de baixa renda — tradicionalmente suas principais bases de apoio.

Segundo o editorial, Lula parece ignorar o desgaste de seu terceiro mandato e aposta tudo no populismo para se manter no jogo político até 2026.

O discurso do presidente incorporou termos religiosos de forma explícita. Ele evocou Deus, milagres e fé como justificativas para obras e programas sociais.

Em outra visita recente a Pernambuco, usou palavras religiosas 27 vezes em um só discurso. A retórica busca encantar emocionalmente o eleitor, como se decisões políticas fossem frutos do sobrenatural.

YouTube videoYouTube video

Ao fazer isso, Lula tenta deslocar a responsabilidade de sua gestão para o campo do divino. Isso ocorre ao mesmo tempo em que sua administração enfrenta críticas por ineficiência, improviso e baixa entrega.

Na prática, o governo petista promete milagres, mas entrega resultados ordinários. Lula também recorreu ao velho expediente de culpar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

+ Leia também: “Conib: ‘Lula deturpa a realidade para atacar e vilificar Israel’”

Segundo ele, muitas obras teriam sido abandonadas na gestão anterior. Em sua fala, fez questão de indicar que os eleitores devem evitar “tranqueiras” em 2026.

Conforme o Estadão, o discurso revela a obsessão do petismo em manter vivo um inimigo para justificar seus próprios tropeços. Com isso, Lula constrói a narrativa de que sua liderança é essencial, não por competência, mas pela simples negação de alternativas.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

O pagamento mais aguardado do Imposto de Renda que chega no final de julho

Imposto de Renda 2025 já movimenta milhões de contribuintes no Brasil, especialmente aqueles que aguardam ansiosamente…

Tarifas dos EUA devem derrubar preços e afetar setores estratégicos

A imposição de tarifas comerciais de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos…

Vírus mortal é encontrado no Grande Canyon

Após o feriado de 4 de julho, autoridades de saúde do condado de Coconino, no…