A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta terça-feira, 23, que seu governo não se opõe à criação de um Estado Palestino. Entretanto, ela ressaltou que o reconhecimento depende da libertação dos reféns israelenses ainda mantidos em Gaza e a retirada do grupo terrorista Hamas do território.
“No meu entendimento, a principal pressão política deve ser feita sobre o Hamas, porque foi o Hamas que iniciou esta guerra e é o Hamas que impede que a guerra termine ao se recusar a entregar os reféns”, afirmou Meloni em entrevista coletiva a jornalistas em Nova York.
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A primeira-ministra italiana disse ainda que, pessoalmente, sustenta a posição de que o reconhecimento da Palestina, nas condições atuais, “não resolve o problema, não produz resultados tangíveis e concretos para os palestinos”. Meloni ressaltou a necessidade de se estabelecer “as prioridades corretas” em relação ao conflito no Oriente Médio, uma vez que o Hamas ainda governa Gaza.
BREAKING: PM Meloni says the only way Italy will consider recognizing ‘Palestine’ is if Hamas releases the hostages and surrenders.
“The pressure should be put on Hamas because Hamas started this war.”
pic.twitter.com/KNQSJASZrr— Eyal Yakoby (@EYakoby) September 23, 2025
Meloni acompanha Japão e Singapura
As declarações de Giorgia Meloni ocorreram depois de manifestações em uma série de cidades italianas na última segunda-feira, 22, quando sindicatos organizaram uma greve nacional pró-Palestina. Cerca de 60 policiais se feriram em meio à violência dos protestos.
O posicionamento da primeira-ministra é semelhante ao adotado pelos governos do Japão e Singapura. Também no contexto internacional, Reino Unido, Canadá, Austrália e França formalizaram o reconhecimento do Estado Palestino durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas.