A revista norte-americana People publicou em sua última edição um ensaio/entrevista com a atriz Pamela Anderson, símbolo sexual do final dos anos 1980 e durante toda a década de 1990. Depois de quase uma década de ostracismo, Pamela voltou a ocupar lugar de destaque na mídia e nos principais tapetes vermelhos de Hollywood. O retorno triunfal de Pamela Anderson se dá graças ao seu trabalho em The Last Showgirl, um drama que conquistou público e crítica, rendendo à atriz indicações aos principais prêmios da temporada, como o Globo de Ouro e o Screen Actors Guild (SAG), o importante sindicato dos atores e cuja cerimônia de premiação acontece neste domingo (23).
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Apesar de todo o reconhecimento que está experimentando no momento, Pamela Anderson, 57 anos, declarou à revista que “o artista é solitário e que poucos conseguem alcançar o estrelato”. “Fui objetificada algumas vezes e descartada”, disse ela, que foi ignorada pela Academia e deixada fora da lista do Oscar 2025. Em tom de lamento, chegando até mesmo a assumir seus próprios erros, a atriz confessou que em muitos momentos pensou em desistir. “Mas descobri que quando pensei que era o fim, era realmente o começo”.
A canadense-americana Pamela Denise Anderson conquistou o mundo aos 23 anos de idade, depois de ser selecionada como a Playmate do mês na revista Playboy, em fevereiro de 1990. O sucesso foi tão grande que ela passou a ocupar as capas da publicação de forma frequente — Pamela detém o recorde de aparições (14 vezes) em capas da Playboy. A revista acabou impulsionando a popularidade de Pamela Anderson na série de TV Baywatch, conhecida no Brasil como S.O.S. Malibu, que havia estreado na televisão no ano anterior e permaneceu no ar até 2001. A atriz interpretava “C.J.” Parker, personagem que simplesmente levou ao delírio o público masculino em todo o mundo.
Impossível esquecer, por exemplo, de uma das maiores homenagens feitas à atriz no filme Borat, em 2006, em que o personagem título interpretado pelo ator Sacha Baron Cohen sai de sua terra natal, o Cazaquistão, e parte para uma aventura nos Estados Unidos em busca de sua maior paixão, Pamela, considerada por ele o maior símbolo vivo da América. Pamela Anderson faz uma participação mais do que especial no filme.

Sex tapes: vídeo pornô de Pamela e o marido Tommy Lee cai na rede
Passada a euforia de S.O.S. Malibu, Pamela Anderson ainda viveu muitos anos sob os holofotes, mesmo que participando de filmes e séries de qualidade duvidosa. A carreira parecia já não mais interessar à atriz, cuja vida particular se dividia entre polêmicas envolvendo drogas e álcool e uma sequência infinita de casamentos malsucedidos. Ganhou notoriedade a união entre Pamela e Tommy Lee, o famoso baterista da banda de rock Mötley Crüe.
O casal era uma pauta assídua nas capas dos tabloides por conta das frequentes traições, humilhações e violência física por parte de Tommy Lee. Ainda assim, Pamela relevou todos os problemas e aceitou o pedido oficial de casamento. Durante a lua de mel, Tommy e Pamela passeavam no iate do músico. Eles decidiram transar no barco e, mais do que isso, filmar todos os detalhes. Não muito tempo depois, o filme pornô (ou sex tapes) feito pelo próprio casal acabou vazando e foi parar na internet, se tornando um dos vídeos mais acessados de todos os tempos — numa época em que a expressão “viralizar” ainda nem era utilizada.


Ao que parece, The Last Showgirl marca um novo capítulo na carreira e na vida de Pamela Anderson. Shelly Gardner, sua personagem, guarda semelhanças com a vida pessoal da artista. “Embora a juventude, a energia e a beleza possam ser perecíveis, e a rejeição seja uma constante, seja forte, permaneça suave e nunca desista”, diz Shelly Gardner no filme. Ainda na entrevista concedida à revista People, Pamela reflete sobre o fato de que são poucos os que conseguem alcançar o estrelato e seu “lugar ao sol”. “Se fosse fácil, todos poderiam fazer”, disse.